Por não ser brasileira

quinta-feira, março 26th, 2015

culture2 Como em qualquer profissão, enfrento desafios (alguns podem até ser chamados de “curiosidades”) no meu dia-a-dia. Se esses desafios são mais difíceis por não ser brasileira, eu não sei. Diferente dos desafios dos brasileiros? Provavelmente. Sempre falo sobre cultura, sua importância, seu aparecimento em tantos aspectos da vida e como nunca deixa de ser intrigante. Será que meu e-mail é muito “traduzido”? Fui muito direta com aquele cliente sobre tal assunto? Aquela frase traduzida ficou muito coloquial? Ele acha que conheço menos o assunto, só porque falo com sotaque? São perguntas que eu me faço diariamente e tenho certeza que, enquanto moro e trabalho no Brasil, vou continuar me perguntando. E quando o assunto é meu Inglês, às vezes o cliente questiona por que eu traduzi daquele jeito, e se não seria melhor de outro jeito (porque foi assim que ele viu no Google). Talvez esse assunto seja um pouco polêmico, mas é uma realidade e também um desafio, e eu precisava aprender como lidar com isso. Sempre achei, e continuo achando, que o cliente tem o direito de achar e falar o que quiser (como eu falo quando eu sou o cliente, sem me “segurar”, se eu achar necessário), no fim das contas, ele está pagando para receber algo do jeito que ele imagina. Então é assim que enxergo. Ter que explicar o motivo de você ter feito certa escolha acontecerá, faz parte do trabalho, independente da língua nativa. O maior e mais importante desafio é ganhar a confiança do cliente, e é isso que tento fazer, mesmo com as dúvidas e preocupações que às vezes tenho por não ser brasileira.


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