segunda-feira, janeiro 16th, 2017
Alguns meses atrás, participamos de uma palestra de Mario Sergio Cortella sobre Liderança e Ética, um assunto que hoje em dia parece de ter cada vez mais importância, particularmente quando consideramos os acontecimentos recentes no cenário político do país. A palestra acabou sendo não só riquíssima no seu conteúdo sobre o assunto, mas também na maneira em que as mensagens foram passadas para o público: cheio de referências da origem latina, músicas populares, palavras bonitas, que para quem trabalha com línguas, palavras e mensagens todo dia, foi uma experiência muito agradável, além do esperado.
Aqui falaremos um pouco sobre o que levamos desta palestra.
Então, o que é ética? Uma definição simples e direita diz: “…do grego, “ethos” significa aquele que pratica bons costumes”, “costumes superiores”, ou “portador de caráter”.
Fomos convidados a considerar os três verbos: “poder, querer e dever”, e as perguntas: “Eu posso? Eu quero? Eu devo?” fazendo a relação com as decisões que tomamos no nosso dia-a-dia. Muitas vezes temos a liberdade de fazer algo, ou simplesmente queremos fazer, mas certamente não significa que devemos fazer. Esse pensamento sobre essas três grandes questões, se instalou como base da palestra. Foram mencionadas palavras que se relacionavam com a ética. “Decência”, por exemplo, com o prefixo “dec” que vem de latim, de decorar, e “ornar”, de aprimorar ou embelezar, nos levando a contemplar então a ideia ao ser “éticos”, estamos decorando ou ornando a vida, deixando as coisas mais bonitas.
Ele também tocou na palavra lucro, que vem do latim lucrum e antigamente foi considerada algo ruim e perverso. Claro que lucro não precisa ser algo que vem do mal, porém, infelizmente, como todos nós sabemos, existe lucro que vem de vantagem e não é nada ético.
Também falou em música, especificamente uma música que, nas palavras do Mário, “toda Paulista canta quando está bêbada”: o lindo samba “Trem das Onze”. Nunca tinha parado para pensar muito profundamente sobre as palavras da refrão, “.. não dorme enquanto não chegar..” e relacionar a frase com o sentido de que enquanto não estamos fazendo nosso melhor, com integridade, pensando nos outros ao nosso redor – sejam seus clientes, funcionários, vizinhos, amigos, ou a sociedade em geral – realmente não devemos relaxar.
Não há ninguém que é isento de agir de forma ética – e com certeza existem mais do que um padrão de que define o que é ética e que não é – e foi gratificante ir numa palestra com centenas de pessoas para falar sobre um assunto tão relevante. Um ponto fundamental na direção e as atividades de qualquer empresa, independente do ramo, tamanho ou país em que seja.
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