Erros pequenos?!

terça-feira, julho 12th, 2016

Muita gente acredita que falar duas línguas é a mesma coisa do que saber traduzir. Isto é um mito. O trabalho do tradutor é tão digno e tão complexo quanto qualquer outro. Este fato se prova quando percebemos erros nos textos. “O erro geralmente é pequeno, se a pessoa sabe falar bem o inglês”, você pode pensar, mas acontece que erros pequenos podem causar problemas imensos. A Vernaculum preparou uma listinha com três pequenos-grandes erros de tradução para você. Confira abaixo…

  • Em 1980, um rapaz chamado Willie Ramirez foi internado aos 18 anos de idade, em coma, em um hospital na Flórida. Seus amigos e familiares acreditavam que ele estava com intoxicação alimentar e tentaram descrever seu problema para os médicos, mas eles não falavam inglês.  A interpretação foi feita por um membro bilíngue da equipe que traduziu “intoxicado” como “intoxicated”. Se ele fosse um intérprete profissional, ele saberia que “intoxicated” carrega um peso muito maior do que “food poisoned”. Ramirez, na verdade, estava sofrendo de hemorragia intracerebral, e a interpretação errônea fez com que os médicos tratassem do problema como se o paciente estivesse com overdose (porque o quadro poderia apresentar alguns sintomas do paciente naquele dia). Devido à demora no atendimento, Ramirez ficou tetraplégico e recebeu uma indenização por imperícia médica no valor de 71 milhões de dólares.
  • Em 2009, o banco HSBC lançou uma campanha de rebranding de 10 milhões de dólares devido aos danos causados ao seu slogan “Assume Nothing” que foi mal traduzido para “Do Nothing” em diversos países.
  • No ápice da Guerra Fria, Nikita Khrushchev, o premiê soviético, fez um discurso no qual disse uma frase que foi mal interpretada do russo como “vamos enterrá-los”. A frase foi entendida como uma grande ameaça de enterrar os Estados Unidos com um ataque nuclear e aumentou a tensão entre os dois países.

Existem muitos exemplos como esse que a gente não fica sabendo por aí. Por isso, tome o cuidado de sempre optar por um profissional para trabalhar com você, pois é aquela velha história: às vezes, o barato pode sair (muito) caro.


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