Causos de um tradutor nativo

segunda-feira, fevereiro 26th, 2018

Como sempre mencionamos, na Vernaculum trabalhamos com tradutores nativos e, apesar de já dominamos a língua na qual nascemos, não deixamos de nos surpreender todos os dias com suas nuances e como ela muda com o passar do tempo. A linguagem é um meio em constante transformação, que reflete em seu uso as características da sociedade na qual está inserida e dos seus indivíduos. Prestar atenção e estudar esses detalhes é algo tão lindo e apaixonante quanto as traduções que fazemos no nosso dia-a-dia.

Por exemplo, no mês de dezembro me encontrei lendo um artigo sobre as novas palavras que a Real Academia Española incluiu ao seu dicionário, para o ano de 2018. Dentre elas, entraram os termos “clicar” e “cliquear”, duas opções de ortografia para a mesma coisa: dar um clique em uma tela interativa no computador.

Apesar da explosão digital ter acontecido no fim dos anos 90 e início de 2000, estes termos só entraram para o dicionário este ano! Perceber isso foi interessantíssimo, pois já encontrei este termo usado comumente em vários textos e traduções!

Outra coisa boa e interessante de ser nativo é o contato constante com a língua: nossa casa é um pedacinho da argentina no interior de São Paulo, e nela está sempre tocando alguma estação de rádio argentina, algum programa de TV de Buenos Aires e a página inicial do computador é o jornal Clarin. Todos os dias, às 14:30hs, o rádio dá as notícias do setor agrícola, suas novas tecnologias e as perspectivas para o dia. Não parece nada demais, mas, quando recebi uma tradução sobre máquinas agrícolas, nunca me senti tão preparada!

Também, apesar de parecer loucura, podemos entender um pouco da sociedade em que nos encontramos analisando a língua. Quem nunca ouviu falar, no Brasil, do “café fresquinho e pãozinho quentinho”? Pois para nós, parece estranho demais! Na nossa cabeça, faz sempre mais sentido falar do café quentinho (apesar dos argentines apreciarmos muito a cultura do café, não é tão fácil achar café “moído na hora e fresco” como no Brasil) e pão fresquinho (pois o pão argentine é diferente ao brasileiro e as padarias não costumam fornecer o pão aos consumidores assim que ele fica pronto!).

Compreender as especificidades da língua é fundamental e estar atenta às suas mudanças é sempre muito interessante. Por esses motivos e mais outros, amamos tanto a língua e cuidamos sempre a forma como a usamos, das suas características e peculiaridades. É assim que a Vernaculum garante a qualidade de todas suas traduções e revisões! Garanta a qualidade de seus textos também, escolhendo quem mais sabe de línguas! 🙂


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