sexta-feira, agosto 30th, 2019
No começo do mês falamos no nosso Instagram sobre o WIT Month, um projeto que estimula a leitura de mais obras de autoras e tradutoras mulheres. Lá, nós contamos mais sobre como essa data surgiu e sua importância para a tradução. Desde o primeiro dia, nossa equipe sentiu que seria a oportunidade perfeita para se engajar na leitura, uma das nossas grandes paixões. Por isso, hoje, nossa coordenadora de inglês e nossa coordenadora de espanhol compartilham as suas experiências. E você? Fez alguma leitura esse mês? Compartilhe conosco nos comentários ou no nosso Instagram. Recomendações nunca são demais e alimentar a vontade de ler é algo que só traz benefícios!
Sarah – Coordenadora de língua inglesa
Para o mês de Women in Translation, escolhi ler “The Spy” (“O Espião” em português) de Paulo Coelho, traduzido para o inglês por Zoe Perry. Deve fazer 20 anos desde que comecei a ler os livros dele (começando em inglês e depois, quando mudei para o Brasil, li alguns em português). O livro é baseado em uma história real – então foge um pouco do estilo que esperamos dele – e conta sobre a vida ousada e trágica da Margaretha Geertruida “Margreet” MacLeod (melhor conhecido como “Mata Hari”). A história é bem interessante e bem triste e apesar de ser baseada em fatos reais, é contada em um estilo que aqueles que já leram algo de Coelho conhecem: poética, sensível e com toques de humor. Terminei o livro com uma sensação de admiração por essa mulher forte e batalhadora, e tristeza pela forma como ela foi tratada, principalmente por ser uma mulher e um alvo fácil em um momento turbulento de guerra.
Gostei muito de ler em inglês e senti que a tradutora capturou bem o estilo do autor sem problemas de fluência ou traduções “estranhas” que as vezes percebemos quando lemos livros traduzidos. Ela conseguiu passar para o leitor essa junção de tragédia e um humor mais “negro”, o que é chave.
Recomendo o livro (em qualquer língua, lembrando que o Paulo Coelho é o autor mais traduzido do mundo!!) para quem gosta dele, e até para quem nunca leu e tem interesse em conhecer um pouco mais sobre a vida inusitada de Mata Hari.
Julia – Coordenadora de língua espanhola
Como ler é uma das minhas atividades favoritas, acabei lendo um livro e meio nessa jornada que foi o WITMonth.
Comecei por Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, traduzido pela Marcella Furtado. Todos conhecem essa obra, que é um clássico reconhecido da literatura. A tradução para o português é bastante interessante. Apesar de ser completamente compreensível e clara, é perceptível que houve toda uma estratégia envolvida na escolha das palavras … foram utilizados termos bastante formais e até mesmo sofisticados, passando um ar de que realmente estamos no século 17 / 18, em um baile organizado pelas famílias inglesas. Não tem como não se apaixonar cada dia um pouco mais por essa leitura!
Meu segundo livro, que ainda estou len
do, mas que já me fez sentir aquela sensação quentinha na alma, é Mulherzinhas de Louisa May Alcott, traduzido por Giu Alonso. Bem diferente do livro anterior, a tradução de Giu conta com uma linguagem mais próxima do cotidiano que, na minha opinião, é perfeita para esse livro! A história das quatro irmãs é algo tão fofo, simples e ao mesmo tempo cativante, que o fato da linguagem ser mais “atualizada” e sem floreios nos faz sentir próximos delas, quase que como se elas fossem amigas que conhecemos na escola com as que podemos nos identificar, rir e aprender com as experiências da vida. Recomendadíssimo! Com certeza, essa tradução está sendo uma das minhas favoritas dos últimos anos.
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