Diferenças culturais

segunda-feira, novembro 25th, 2013

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As diferenças culturais devem ser levadas em conta na hora de traduzir? Nós acreditamos que sim. A Sarah, proprietária da Vernaculum, escocesa e morando no Brasil há quase 7 anos, fala um pouco sobre o motivo disso ser uma parte crucial na hora de fazer uma tradução. Além disso, vocês podem ver uma amostra de nosso trabalho em seguida. O texto foi traduzido pela Eloá.

“Every country has its own way of saying things…”

(Freya Stark, The Journey’s Echo)

Experience tells me how important cultural differences are in the translation process and what a huge part they play in the way we translate for our clients. Making the information comprehensible in another language isn’t enough. As well as the words, we have to consider the tone and style of the text so that it sounds natural to the target audience. This requires cultural awareness and can often be challenging.

Take a translation that will be used to market a product or service – a website, for example. Here the translator has a role in selling the product or service to the customer using the most appropriate language possible. At the very least, a basic knowledge of the culture of the customer base is necessary to choose the right words and most appropriate style that will arouse the customer’s interest in that product or service.

During my degree I studied the differences in advertising methods between countries, with general findings showing that the methods used in one country don’t usually work in another, and that “standardisation” is rarely the way forward. The same concept can be applied to translation – find out exactly who the target audience is, consider the culture(s) they come from and how you can adapt the text to guarantee the best result possible in its translated form. Whether it’s a website, an academic article or a novel, the same rules apply.

So, how far should we go, how many changes should we make, how many cultural nuances should we include to ensure that the translation is not only accurate from a linguistic standpoint, but also from a cultural one? Every translator will probably have their own answer to this question, but hopefully all of them will think beyond the words they are translating and also consider the culture of the end-user.

As a foreigner living in Brazil, I’m all too aware of how cultural differences can affect – and sometimes complicate – everyday life! This is probably why it gets so much attention when I’m translating and proofreading. We’re lucky to have a team of translators and proofreaders from different cultures who have travelled widely to be able to swap ideas and give advice when cultural differences are a barrier.

Tradução:

 “Todo país tem sua própria maneira de transmitir ideias…

(Freya Stark, The Journey’s Echo)

A experiência me mostra como as diferenças culturais são importantes no processo de tradução e, também, o grande papel que elas desempenham na maneira em que traduzimos para nossos clientes. Tornar a informação compreensível em outra língua não é suficiente. Assim como as palavras, precisamos considerar a entonação e o estilo do texto para que a tradução soe como um texto natural para o público alvo. Isso requer conhecimento cultural e é, muitas vezes, desafiador.

Pense em uma tradução que será usada para comercializar um produto ou serviço – um website, por exemplo. Aqui, o tradutor tem a função de vender o produto ou o serviço para o cliente usando a linguagem mais apropriada possível. Na hora de escolher as palavras certas e o estilo de tradução mais apropriado, é necessário, no mínimo, um conhecimento básico sobre a cultura dos consumidores, o que despertará o interesse do consumidor naquele produto ou serviço.

Durante minha graduação, estudei as diferenças dos métodos de propaganda entre os países, com conclusões gerais mostrando que os métodos usados em um país geralmente não funcionam em outro, e que a “padronização” raramente é o caminho certo a seguir. O mesmo conceito pode ser aplicado à tradução – deve-se descobrir exatamente quem é o público alvo, considerar sua(s) cultura(s) e encontrar a melhor forma de adaptar o texto para garantir o melhor resultado possível. A mesma regra se aplica para websites, artigos acadêmicos ou livros.

Então, até onde podemos ir, quantas mudanças devemos fazer e quantos nuances culturais devemos incluir para garantir que a tradução não seja apenas precisa sob um ponto de vista linguístico, mas também sob uma perspectiva cultural? Cada tradutor terá sua própria resposta para essa pergunta mas, espero que todos pensem além das palavras que estão traduzindo e que também considerem a cultura do usuário final.

Como uma estrangeira morando no Brasil, estou muito ciente sobre a forma que as diferenças culturais podem afetar – e, em alguma vezes, complicar – a vida diária! Provavelmente, é por causa disso que presto muita atenção nessas diferenças enquanto estou traduzindo e revisando. Temos sorte de ter uma equipe de tradutores e revisores de diferentes culturas, que viajaram mundo afora para serem capazes de trocar ideias e dar conselhos quando as diferenças culturais se tornam uma barreira.


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